terça-feira, 29 de maio de 2012

Glaucoma em cães

O Glaucoma é uma doença grave, de causa multifatorial, caracterizada pela elevação da pressão intra-ocular e pela morte de células da retina e do nervo óptico. É o maior desafio encontrado na oftalmologia veterinária, e também na humana, pois promove cegueira irreversível, sendo, portanto, considerado uma emergência oftálmica.

O humor aquoso (líquido de dentro do olho) é constantemente produzido e eliminado. Ele tem a função de “nutrir e limpar” o olho, além de manter a pressão constante dando forma ao olho. Qualquer situação que aumente a produção ou dificulte a drenagem do humor aquoso modifica a pressão intra-ocular e pode levar ao glaucoma.

Existem vários tipos de Glaucoma: congênitos (alterações de nascença geralmente em cães da raça Chiahuahua, Bouvier dês Flandres, Schnauzer Gigante, Cocker Spaniel e Samoieda), primários (aparecem sem ter tido doença ocular prévia e são ligados a algumas raças) e secundários (causados por inflamação, trauma, catarata, luxação da lente ou tumor intra-ocular).
Dos animais domésticos, o cão é o que mais apresenta glaucoma, pois existem várias raças com tendência a ter má-formação no “canal” que drena o humor aquoso. Por exemplo: Basset Hound, Beagle, Cocker Spaniel e Poodle, dentre outras. Em gatos a maioria dos casos de glaucoma são secundários à uveítes (inflamação intra-ocular), luxação da lente ou tumor intra-ocular, sendo o glaucoma primário dificilmente visto. Cavalos apresentam menos glaucoma do que cães e gatos e quando ocorre geralmente é secundário à uveíte recorrente eqüina. Parece haver uma predisposição em cavalos da raça Appaloosa.
Diagnóstico do Glaucoma
O diagnóstico é baseado na tonometria (avaliação da pressão intra-ocular), na gonioscopia (avaliação do ângulo que drena o humor aquoso), na fundoscopia (exame do fundo do olho) e nos sinais clínicos (buftalmia – olho saltado-, olho vermelho, opacidade de córnea, pupila dilatada). Em oftalmologia veterinária a principal forma de diagnóstico e controle do glaucoma é a tonometria e a fundoscopia onde podem ser detectadas alterações iniciais, pois não contamos com diversos exames realizados em oftalmologia humana, apesar de já estarmos avançando na área de ultra-sonografia e eletrorretinografia. Quando o paciente apresenta os sinais clínicos descritos acima já se encontra em um estado muito avançado da doença.
Tratamento do Glaucoma
O tratamento clínico é realizado com colírios que diminuem a formação do humor aquoso associados com outros que aumentam a drenagem. O tratamento cirúrgico tem a mesma finalidade, sendo os mais aceitos a ciclofotocoagulação a laser e os gonioimplantes (shunts – válvulas - de câmara anterior). Devido ao custo elevado e ao alto índice de complicações pós-operatórias, o tratamento cirúrgico é realizado ainda em nível experimental no Brasil.
Até o presente momento, o tratamento clínico/cirúrgico do glaucoma visa apenas o controle da pressão intra-ocular, reduzindo desta forma a dor do paciente. Em longo prazo, a cegueira é inevitável, pois apesar dos esforços, ainda não se encontra disponível nenhuma substância capaz de impedir a morte das células da retina.

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