Como escolher a melhor ração para seu pet

Todos os donos responsáveis se deparam com o mesmo problema quando se dirigem pela primeira vez a uma loja de animais e se vêem confrontados com dezenas de rações diferentes: e agora, qual será a melhor para o meu cão?


Na verdade, a resposta a esta pergunta não é imediata, mas há algumas pistas que se poderão seguir de modo a escolher o melhor possível.
Exclui-se qualquer tipo de comida gelatinosa já que esta contém substâncias açucaradas para prevenir o aparecimento de fungos, para além de conservantes altamente cancerígenos.
Para piorar o cenário, este tipo de alimento é viciante. Ou seja, um cão depois de o comer irá recusar a ração.
O primeiro ponto a salientar é que se deve dar sempre primazia aos ingredientes em detrimento da composição, já que ingredientes de boa qualidade darão obrigatoriamente uma boa análise química.
Todo rótulo deve ser claro quanto as origens de seus produtos e balanceamento dos componetes, o que normalmente fica em tabelas na parte de trás das embalagens, lá devemos encontrar os níveis de garantia da ração e os enriquecimentos vitamicos.
Devemos seguir sempre a recomendação do fabricante quanto a quantidade diária que o animal deve comer, que varia de acordo com o seu peso e a composição da ração, informação que você também encontra na parte de trás das embalagens, pois quando em excesso pode gerar algumas anomalias nutricionais e prejudicam um ou outro órgão de se animalzinho.
Outra ponto que devemos salientar, é não prolongar por toda a vida de seu animal a ração de filhote, independente de nível e qualidade, pois estas possuem componentes e enriquecimentos superiores as rações de adultos e podem prejudicar funções de organismos como os rins de seu animal.
Agora iremos explicar um pouco sobre a composição das rações, ou seja, o que significa cada percentual colocado diferenciando assim, entre outras coisas, os níveis de garantia dos produtos.
Vamos começar explicando um pouco sobre a proteína, que normalmente é o que o pessoal leva em maior consideração na escolha de sua ração, porém esta pode ser manipulada com produtos de baixa absorção, como por exemplo sola de sapato e pena de frango triturada, por isso sempre devemos considerar os ingredientes utilizados como fonte de proteinas, que constam no verso da embalagem, entre os melhores encontranse carna fresca, farinha de carne, farinha de frango, farinha de cordeiro, etc. Outro ponto importante que devemos destacar sobre a proteína, é que não nescessariamente uma ração com altíssimo nível de proteína é uma ração de boa qualidade,pois esta pode ter baixos índices de energia e absorção, e muita proteína acaba não sendo absorvida pelo seu animalzinho, e esta acaba saindo nas fezes aumentando ainda mais o cheiro desagradável desta. A proteína em excesso afeta o sistema renal de seu cãozinho, assim como afetaria o seu em caso de absorção alta de proteína. Já se está faltar no animal gera um crescimento menor do que o normal em seu animal.
O segundo índice apresentado nas embalagens é o extrato etéreo, que na verdade é o nível de gordura composto na ração. A gordura normalmente é visto como algo perigoso, porém moderadamente ela oferece aos animais de companhia energia valiosa. Ela também absorve, armazena e transporta vitamina solúveis em gordura (A, D, E, K), e assim mantém muitos processos dentro do corpo de seu animal. Gordura em excesso além de gerar obesidade pode levar a diabetes, porém se houver falta de gordura a pele ficará escamada.

O terceiro ponto destacado é a umidade, a água é o nutriente mais essencial para sobrevivência, tendo em vista que perdas excessivas de água, sendo que acima de 15% de perda de água do corpo pode causar sérias doenças, ou mesmo a morte. Porém, esta água deve ser suplementada com água fresca e sempre disponível para o animal, por exemplo, os gatos se o consumo for correto de água reduz o risco de diversos tipos de doenças do baixo trato urinário. Porém em rações a umidade muito elevada pode acabar prejudicando a saúde bucal, tendo em vista que rações com excesso de umidade são rações macias, e o acúmulo de particulas alimentares prejudicam a alitose dos animais e podem gerar tártaro entre outros problemas na saúde bucal.
Está página será atualizada, pois a muito o que se falar de ração para se entender todos os processos, benefícios e malefícios dos excessos e faltas de componentes das rações.

Outro ponto importante que tem destaque nas embalagens de ração referesse ao percentual de matéria fibrosa, a qual existe a constatação de que os componentes da fibra alimentar,longe de serem substâncias inertes dos alimentos, como se pensava no passado, desempenham papel fisiológico muito importante na regulação do funcionamento do trato gastrointestinal, assim como no controle e/ou prevenção de certas doenças crônicas e degenerativas, tem despertado na comunidade científica mundial o interesse pelas pesquisas relacionadas às fibras dos alimentos. Acredita-se que as fibras exercem suas funções gastrointestinais através de sua ação física, capacidade de hidratação e de aumentar o volume e a velocidade de trânsito do bolo alimentar e fecal. As fibras possuem também capacidade de complexar-se com outros constituintes da dieta através de vários mecanismos, podendo arrastá-los em maior quantidade na excreção fecal. Dessa forma, tanto nutrientes essenciais, proteínas, minerais e vitaminas, como substâncias tóxicas, poderão ser excretadas em maior ou menor quantidade, dependendo da qualidade e da quantidade da fibra presente na dieta. As fibras solúveis, parcialmente fermentáveis no intestino grosso, são efetivas em promover alterações benéficas na microflora intestinal. Com níveis elevados tende a ter uma quantidade maior de fezes o animal, o que acaba ocasionando uma menor absorção de nutrientes para o desenvolvimento e manutenção de uma boa saúde de seu animal. Já este percentual menor tende a gerar um volume menor de fezes, e atrelado a produtos que auxiliam na redução de odores, acabam por melhorar o ambiente tanto na firmeza, quanto no odor.

Mais um ponto em destaque nas embalagens de rações que devemos destacar é a matéria mineral, os minerais ajudam o corpo do animal a funcionar normal e eficientemente. Por exemplo, o cálcio e fósforo trabalham juntos para manter os ossos e os dentes saudáveis, e são particularmente importantes para o crescimento dos filhotes de cães e gatos. Entretanto, é necessário manter um delicado equilibrio de minerais. Os minerais serão explicados separadamente, pois cada um deles tem sua função muito importante e não podemos deixar de maneira superficial sua explicação.

Entre os minerais que tem seu valor explícito em percentuais de máximo e mínimo está o cálcio, este que advêm de ingredientes com osso, como por exemplo as carnes de frango, carneiro, aves e peixes. O cálcio melhora osso e dentes, ajuda na coagulação do sangue e o funcionamento dos músculos (intervém na contração dos músculos), porém este produto em excesso pode ocasionar as conhecidas "pedras" no rim, que são na verdade pequenos aglomerados de uma substância conhecida como oxalato de cálcio. Este tipo de formação é mais comum em decorrência da ingestão de cálcio de origem mineral (presente no solo e consequentemente na água de determinadas regiões) e também em alguns suplementos alimentares, já que este tipo de cálcio não é muito bem absorvido pelo organismo. Ingestão de água em quantidade suficiente ajuda evitar as pedras nos rins.Consumir cálcio em excesso também pode ocasionar a redução de outros minerais, como magnésio.Seu excesso também pode causar anorexia, dificuldade de memorização, depressão, irritabilidade e fraqueza muscular

Outro mineral que tem seu valor explícito é o fósforo, tem numerosas funções críticas no organismo, está presente em todas as membranas celulares, integra a estrutura dos ossos e dentes, dando-lhes maior solidez; participa ativamente do metabolismo dos glicídios, atua na contração muscular, entre outras funções.
O fósforo se faz presente em todos os organismos vivos, se encontra de forma natural em ossos, mas a maior concentração ocorre no metabolismo intermediário de açúcares. Esse micronutriente, o fósforo, está presente no código genético (DNA e RNA), é responsável por ativar enzimas e manter o balanço ácido-básico do organismo. Sendo assim, o corpo precisa do fósforo para equilibrar seu pH, que deve estar sempre constante, garantindo o sucesso das reações químicas responsáveis por manter todos os órgãos funcionando. Os sintomas da deficiência de fósforo são diminuição de apetite, anemia, fraqueza muscular, dor nos ossos e maior suscetibilidade a infecções. Os alimentos vegetais que derivam de sementes como os cereais e nozes, e os legumes têm níveis elevados de fósforo. A farinha de trigo integral contém uma maior concentração de fósforo que a farinha branca (cerca de três vezes mais).

Outro componente que consta na maioria das embalagens são os ácido graxo, omêga-3 e o ácido liniléico ômega-6, estes não são produzidos naturalmente pelos animais e sim adquiridos pela alimentação dos animais, por isso aumenta a importância destes nas rações. O ômega-3 advem na linhaça e no óleo de peixe, este possui o ácido graxo DHA, é importante para os filhotes pois apoia o desenvolvimento do cérebro e dos olhos, antes e depois do nascimento. O ácido ômega-6 é encontrado nos óleos vegetais como milho e soja ajuda a pele a manter sua umidade, e ambos ajudam a manter a pele saudável e os pelos brilhantes. Eles têm propriedades únicas na manipulação nutricional, sendo possível redirecionar certos aspectos do metabolismo orgânico para reduzir inflamação e produção de citoquinas.Uma variedade de substâncias pró-inflamatórias é criada pela atividade da enzima ciclooxigenase da família do ômega 6 (ácido linolêico é a primeira fonte, também incluindo o ácido araquidônico). Leucotrienos anti-inflamatórios, são produzidos pela lipooxigenase através da metabolização dos ácidos graxos da família do Ômega 3. As formas predominantes de Ômega 3 incluem, além do ácido gama e alfa limolênico de EPA ( ácido eicosapentanóico) e DHA (ácido docosaexanóico). Para que o efeito anti-inflamatório seja observado, é necessário incorporar mais Ômega 3 dentro da membrana celular. A forma pela qual os ácidos graxos esenciais (AGE) causam estas mudanças na produção das citoquinas, ainda não está totalmente esclarecida, mas existem fortes evidências de que estas mudanças ocorram.A maioria dos trabalhos preliminares sobre os benefícios da suplementação com ácidos graxos essenciais (AGE), foram concentrados na manipulação de problemas dermatológicos. Vários trabalhos recentes, têm enfocado a utilização dos AGE na cardiologia, doenças renais, doenças osteoarticulares e oncologia. Estas áreas abrem novas indicações na suplementação dos animais de estimação com os ácidos graxos essências (AGE).

Outro componente descrito em percentuais em algumas embalagens é a L-Carnitina, A carnitina é um nutriente sintetizado de um aminoácido essencial, a lisina, estando presente em todas as mitocôndrias do corpo.Este composto tem recebido atenção por ser um dos responsáveis pela oxidação lipídica, de modo que tem sido vendido como um suplemento alimentar. Para que os ácidos gordos de cadeia longa atravessem a membrana mitocondrial para serem oxidados, há o auxílio da carnitina-palmitoil transferase, cuja concentração pode ser manipulada pela suplementação de carnitina.A carnitina age através da queima de gordura na mitocôndria, gerando energia para o funcionamento dos músculos. Sem carnitina suficiente a gordura não entra na mitocôndria e pode retornar ao sangue como forma de triglicerídeos.Em indivíduos deficientes de carnitina, sua suplementação é de grande importância. A interrupção das funções normais da carnitina leva a hepatite, ao aumento da gordura muscular e afeta os sintomas neurológicos.

Um componente que auxilia a manter e melhorar o sistema de articulações e cartilaginoso dos animais é a Condroitina e a Glucosamina, a Condroitina contribui com a articulação do tecido cartilaginoso, ajuda a reparação de lesões cartilaginosas. Estas são muito importantes principalmente para cães de maior porte, tendo em vista que os mesmo, devido ao seu peso maior, tem de ter estas estruturas reforçadas para não ocorrer o descaderamento dos mesmo.

A redução no odor das fezes e a melhora na digestibilidade do alimento podem ser alcançadas com a formulação de dietas de alta digestibilidade e com ingredientes de boa qualidade. Esses benefícios também podem ser alcançados com a inclusão na dieta de aditivos como o extrato de Yucca schidigera, que inibe a urease pela fração de saponinas do extrato (Preston et al., 1987) e é fonte alternativa de fibra, auxiliando na redução no trânsito intestinal (McFarlane et al., 1988a), ou com a inclusão de zeólitas (aluminiossilicatos hidratados), que têm propriedades de absorção de gases, vapores e água (Pond et al., 1995