terça-feira, 11 de setembro de 2012

Dicas para dias quentes

A Hipertermia ocorre quando eles absorvem mais calor do que são capazes de perder. Em situações graves, nas quais a temperatura corporal se aproxima dos 42 graus, o quadro pode levar o animal à morte. "Ao contrário dos seres humanos, os cães não trocam calor pela pele, mas sim por meio da respiração e do coxim, aquela almofadinha da pata. Daí a importância de redobrar os cuidados no verão", explica a veterinária Keila Regina de Godoy. O risco aumenta quando o cão é filhote, idoso, obeso ou de focinho curto, a exemplo de raças como boxer, buldogue, pug e lhasa apso. "Esses cães tem mais dificuldade em manter o equilíbrio térmico", diz o veterinário Josélio Moura, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária. Para minimizar os danos causados pelo calor intenso, especialistas sugerem a adoção das seguintes medidas:
-Nunca deixe o cão dentro do carro - A regra número 1 é: nunca, jamais, deixe seu animal de estimação dentro de um veículo estacionado. Segundo um estudo americano, em um dia típico de verão, a temperatura salta de 35,5 para 46 graus em apenas dez minutos, extremo que pode ser fatal para o cão. De acordo com o levantamento, deixar o vidro do carro aberto não resolve o problema do superaquecimento. Na estação quente, é importante transportar o animal em um carro bem ventilado. Bebedouros portáteis ajudam na tarefa de mantê-lo hidratado durante o percurso.
-Evite passeios em horários de sol forte - Atividades físicas e passeios devem ser evitados entre 10 e 16 horas. Se necessário, mude a rotina do cão e prefira locais com grama e asfalto. O piso quente, além de queimar a pata do animal, prejudica a troca de calor. Não esqueça de levar consigo um bebedouro portátil para os passeios.
-Espalhe bebedouros pela casa - Ofereça água à vontade e mantenha os recipientes sempre na sombra. Se perceber que o líquido está acabando rápido demais, opte por um vasilhame maior. Em lojas especializadas já é possível encontrar desde bebedouros com filtragem até aqueles abastecidos automaticamente por galões de até 19 litros. Outra vantagem: por serem pesados, eles estão menos sujeitos a tombar. "Muitos animais derrubam o pote com a pata para se deitar sobre a água e passam o dia com sede", alerta Keila.
-Coloque uma piscina no quintal - Comum em países como os Estados Unidos, mas ainda pouco difundidas no Brasil, as piscinas para cães são uma ótima alternativa para os dias quentes. Modelos de plástico rígido com capacidade para até 80 litros são vendidos no Brasil por cerca de 280 reais. Quem tem piscina em casa deve tomar algumas precauções como dar banho no cão logo em seguida (para afastar o risco de alergias), evitar que ele ingira água com cloro, proteger o canal auditivo e instalar um suporte elevatório para facilitar a saída da água. "Cães que tem o costume de nadar quando os donos não estão por perto podem se afogar após tentativas frustradas de sair pela borda", explica o veterinário Leonardo Brandão, da Merial Saúde Animal.
-Aumente a frequência de banhos e tosas - Se o animal estiver acostumado a tomar banho duas vezes por mês, aumente a frequência para quatro e, sempre que esse procedimento for feito em casa, prefira água morna (quase fria) e xampus próprios: além de evitarem a agressão à pele, eles preservam sua oleosidade natural. Na hora da secagem - medida indispensável para evitar a propagação de fungos e bactérias -, use o secador na temperatura média e a uma distância de 30 centímetros dos pelos. Sempre que a raça permitir, recorra à tosa. "A retirada de pelos na região do abdômen melhora o conforto térmico do animal quando ele se deita em um piso frio", diz o veterinário Thiago Corona, do Au Pet Store, em São Paulo.
-Passe filtro solar em áreas desprotegidas - O uso de filtros solares veterinários com fator de proteção de no mínimo 15 é recomendado por especialistas a cães de pelagem branca. Predominantemente em raças como pit bull, bull terrier e boxer, essa característica aumenta a predisposição do animal ao câncer de pele. "Por apresentar menos melanina, esse cão está mais suscetível à ação dos raios ultravioleta", explica o veterinário Carlos Eduardo Larsson Júnior, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária. Segundo ele, além de evitar que esses animais se exponham ao sol forte, é importante espalhar o protetor em áreas como focinho, abdômen, orelhas e contorno dos olhos.



Fonte: Revista Veja

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