segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Dicas e cuidados de onde deixar seu animal em viagens

Apesar de existirem vários pet shops e locais especializados em hospedagem de cães e gatos na maioria das grandes cidades brasileiras, nem todo mundo pode pagar pela mordomia dos mascotes. Como alternativa, muita gente deixa os bichos em casa e conta com a ajuda de amigos, vizinhos ou parentes para alimentar, passear e cuidar da higiene dos animais.

Se você está nessa situação e vai deixar seu cachorro, gato ou papagaio sob os cuidados de alguém que não está familiarizado com essa tarefa, saiba que há uma lista de recomendações básicas para essas ocasiões. Confira a seguir algumas delas.
Comida
Animais acostumados a uma ração específica sofrem distúrbios intestinais quando ela é trocada repentinamente. Antes de viajar, faça um estoque da marca habitual que dure até o seu retorno. Para quem ficar encarregado de alimentar seu bicho, especifique a quantidade diária que deve ser fornecida e quantas refeições o animal deverá fazer. É importante saber que alguns bichos fazem ''greve de fome'' na ausência dos donos. Nessas horas é importante que a pessoa encarregada tenha paciência e aguarde a fome do animal chegar.
Passeios
Muitos cães são acostumados a sair de casa uma ou duas vezes todos os dias e adaptam a essa rotina suas funções fisiológicas (ou seja, só urinam ou evacuam fora de casa). Mesmo que não seja possível sair mais de uma vez ao dia, um único passeio, ainda que breve, deve ser combinado com o “tutor” do animal. Nesse caso é fundamental levar coleira, guia e um saco plástico para recolher a sujeira.
Brincadeiras
Ninguém duvida que o mascote sentirá falta do dono quando ele se ausentar por mais tempo. Mas o sofrimento é menor quando o animal tem a companhia dos brinquedos de que mais gosta. Só que nem todos se satisfazem brincando sozinhos. Portanto, quem for dar comida ao bichinho deve aproveitar a viagem e brincar um pouco com ele. Cães, por exemplo, gostam de buscar objetos atirados longe, como bolas e ossos.
Limpeza
Se, além disso tudo, a alma bondosa que irá cuidar do seu bicho puder fazer uma faxina no quintal, perfeito. Alguns cães, quando sozinhos, podem comer as próprias fezes, o que propicia doenças como verminoses.
No entanto quando for deixar seu melhor amigo aos cuidados de terceiros, lembre-se que o preço da diária, geralmente é proporcional ao pacote oferecido, por isso sugerimos observar atentamente o seguinte:
Visite antecipadamente o local pretendido, verificando se as acomodações são individuais, limpas, seguras e confortáveis, observando os espaços disponíveis e o posicionamento em relação aos outros hóspedes. Ele ficará solto ou trancado? Existe risco de fuga? Os proprietários cuidam pessoalmente dos hóspedes ou delegam para terceiros? Qual é a formação dos proprietários?
Existe local próprio para passeios, solarium, cronograma de atividades?
Veja se os cães dos proprietários do hotel, estão devidamente separados, com instalações diferenciadas. Ele ficará só ou acompanhado?
Observe se os hóspedes são saudáveis e estão satisfeitos. Observe atentamente se existe algum animal doente e se o cheiro do ambiente é natural ou de algum produto químico ou tóxico, tipo desinfetante ou desodorizante, para mascarar o mau cheiro , que possam prejudicar as pessoas e os animais. Existe risco do mesmo ficar triste, se machucar ou adoecer?
Questione os métodos de higienização e sanitização. É utilizada vassoura de fogo?
Verifique a origem da água, o abastecimento é feito de forma manual ou automática? Qual é o destino dos resíduos, bem como das águas de lavagem? Existem fossas sépticas apropriadas?
Não fique em dúvida com relação a nada que diga respeito aos cuidados com seu animal. Pergunte se durante a noite tem alguém no hotel, para que o mesmo não fique sozinho. Existe sistema de vigilância no local? Se existe, qual? Porque? Também não fique acanhado, pergunte por exemplo sobre alimentação, higiene, atividades recreativas, etc. Pergunte se existe algum controle ambiental, sanitário, veterinário. Pergunte se existe uma rotina de vistoria sanitária, para um hóspede seja aceito no hotel. Pergunte se existe prevenção contra zoonoses, ectoparazitas, contaminações entre os animais, etc. Pergunte se existe combate sistemático aos insetos, visando prevenir contra dengue, febre amarela, dirofilariose, leishmaniose, malária, etc. Pergunte se exige a apresentação do Atestado de Vacinação, Certidão Negativa de Leishmaniose e qual o procedimento usado no caso de alguma emergência veterinária que possa ocorrer no transcurso da hospedagem. Pergunte se existe uma ficha de controle com os dados cadastrais do dono, do animal, do veterinário, da clínica, etc.
Finalmente pergunte se existe algum documento formal que defina as condições de hospedagem, tipo um Contrato para Prestação de Serviços e que também sirva como instrumento operativo da transação, com garantia reciproca para as partes.
De posse destas informações, converse e aconselhe-se com um Médico Veterinário de sua confiança e decida-se pelo que mais lhe convier, em termos de custo e beneficio. Feita a escolha, é de suma importância que o dono do animal oriente o pessoal do hotel sobre os hábitos alimentares do mesmo, informando tipo de comida, marca, horário e quantidade a ser servida, para que ele se alimente adequadamente. Leve alguma coisa com seu cheiro, uma camiseta, meia, tênis velho, etc. Os acessórios tais como brinquedos, roupas, camas, ossinhos, etc., não podem ser esquecidos. Coleira e guia com seu cheiro também é importante na hora dos passeios. Consulte seu Médico Veterinário sobre um controle antecipado de ectoparazitas, tais como pulgas e carrapatos. Informe ao hotel se o seu animal estiver fazendo uso de medicamento, apresentando a receita, para que se possa dar continuidade ao tratamento. Informe também, se no caso de fêmea, estiver no cio ou em gestação. Informe sobre alergias. Esperando que estas dicas e sugestões sejam úteis, desejamos aos animais uma boa estada e aos seus donos uma separação sem traumas.

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